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Os tipos de colesterol e como mante-los controlados com alimentação saudável

Os tipos de colesterol e como mante-los controlados com alimentação saudável

Muito se tem discutido, principalmente nas últimas décadas, sobre os tipos de colesterol e como equilibrá-los no nosso sangue. Por muito tempo se ouviu que o excesso fazia mal para saúde, mas não havia uma distinção entre os tipos existentes. Atualmente, já se tem o discernimento que nem todo colesterol faz mal. Entretanto, falta ainda uma explicação elucidativa das diferenças entre eles: HDL (sigla em inglês high-density lipoproteins), LDL (sigla em inglês low-density lipoproteins) e VLDL (very-low-density lipoproteins).

O que é colesterol?

A nutróloga, Tarcila Campos diz que “o colesterol é essencial, e produzido, em todas as células estruturais do nosso organismo. É o principal componente do cérebro e das células nervosas. Muito encontrado nas glândulas supra-renais, aonde os hormônios adrenocorticais são sintetizados. A maior parte dele é sintetizada no fígado e transportada no sangue por proteínas especiais, as lipoproteínas, encarregadas na distribuição deste por todas as células do corpo.”

Antes de explicitar os tipos de colesterol e como controlá-los da melhor forma, é importante saber que de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos brasileiros possuem altos índices e doenças associadas a esse problema. Infarto e AVC, são apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo a primeira causa de morte no mundo

Isso porque, quando está descontrolado, o excesso de gordura se deposita nas artérias ajudando a formar placas de gordura nessas estruturas, provocando o endurecimento dos vasos (aterosclerose). Além disso, o acúmulo cada vez maior de gordura também obstrui as artérias e vasos, levando ao aumento da pressão arterial, o que pode levar a derrames e afetar o funcionamento do coração.

Então a melhor forma de ficar longe dessas doenças é cuidando realmente, da sua saúde. E é o que iremos elucidar por aqui.

De onde ele vem?

O colesterol é um tipo de gordura encontrada em nosso organismo importante para o seu funcionamento normal. É o componente estrutural das membranas celulares em nosso corpo e está presente no coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele. Nosso corpo o usa para produzir alguns hormônios, tais como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras.

Aproximadamente 70% dele é produzido pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30% são provenientes da dieta. Contudo, ao consumir grandes quantidades de alimentos ricos em gordura, o fígado acaba produzindo mais do que o normal. Essa produção adicional significa que elas vão de um nível normal para um que não é saudável.

Tanto as taxas de colesterol muito altas quanto as muito baixas são perigosas à saúde

Quais são os tipos?

Por se tratar de uma substância gordurosa, o colesterol não se dissolve no sangue. Portanto, para ser transportado através da corrente sanguínea e alcançar os tecidos periféricos, ele precisa de um carregador. Esta função cabe às lipoproteínas que são produzidas no fígado.

LDL

O Low-density lipoprotein é conhecido como o mau colesterol. É uma lipoproteína de baixa densidade, ele pode se acumular nas artérias e coronárias podendo levar a formação de placas aterosclerose que dificultam o fluxo sanguíneo para órgãos essenciais como coração e cérebro, aumentando risco de infarto e acidente vascular cerebral.

Os valores de referência para LDL são:

  • Indivíduos com risco baixo: abaixo de 130 mg/dl
  • Indivíduos com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl
  • Indivíduos com risco alto: abaixo de 70 mg/dl
  • Indivíduos com risco muito alto: abaixo de 50 mg/dl

HDL

O High-density lipoprotein é dito como o bom colesterol, lipoproteína de alta densidade que retira o excesso de gordura das artérias e transporta até o fígado para ser excretado.

Especialistas acreditam que o HDL age como um limpador, levando LDL para longe das artérias e de volta para o fígado. Lá é quebrado e passado pelo corpo. Um nível saudável HDL pode proteger contra ataques cardíacos e AVCs.

O HDL não elimina completamente o colesterol LDL.

Os valores de referência do HDL são:

  • Baixo: menor que 40 mg/dl para homens e mulheres
  • Ideal: acima de 40 mg/dl

VLDL

O Very low-density lipoprotein são lipoproteínas de densidade muito baixas. Sua principal função é entregar colesterol e triglicérides para os outros tecidos a partir do fígado. Ao serem liberados pelo fígado, as partículas de VLDL sofrem uma série de transformações na corrente sanguínea, liberando triglicérides para serem estocados no tecido adiposo ou utilizado como fonte de energia. A molécula remanescente vai dar origem a lipoproteína seguinte, o LDL.

  • Os valores de referência do VLDL são:
  • Alto: acima de 40 mg/dl
  • Baixo: abaixo de 30 mg/dlIdeal: até 30 mg/dl.

Total

O aumento dos níveis de colesterol é chamado de dislipidemia. Durante muito tempo os médicos avaliaram o grau de dislipidemia através dos valores do colesterol total, que nada mais é do que a soma dos níveis sanguíneos de HDL, LDL, VLDL. Porém existem o colesterol ruim e o colesterol bom, o que torna pouca eficiente a avaliação conjunta deles.

O valor de referência para colesterol total é:

  • Desejável: abaixo de 190 mg/dl.

Faz-se necessário escrutinar os níveis de colesterol recomendados

O nosso organismo necessita apenas de 100/dl mg de LDL. Esse valor é considerado ideal para pessoas saudáveis e até para diabéticos. Para as pessoas que têm doenças do coração ou dos vasos sanguíneos deveriam ter, o máximo, 70 mg/dl.

Para o colesterol HDL quanto maior for o índice mais é benéfico à saúde. Todavia, é muito comum ter níveis muitos baixos – abaixo de 40 mg/dl.

Atente-se aos fatores de risco

  • Sexo e Idade: Ser mulher na menopausa  aumenta o risco de colesterol alto. O hormônio feminino enquanto produzido oferece um efeito protetor sobre o colesterol HDL. Por esta razão, desde a puberdade até a menopausa, as mulheres geralmente têm níveis mais elevados de colesterol HDL “bom” e níveis mais baixos de colesterol LDL”mau” do que os homens. Após a menopausa, as mulheres tendem a ter níveis mais elevados de LDL do que os homens, aumentando as chances de doença coronária;
  • História familiar: Ter uma história familiar de colesterol alto é também um fator de risco;
  • Obesidade: Um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais coloca uma pessoa em maior risco de colesterol alto;
  • Inatividade Física: Não fazer exercícios aumenta o risco de colesterol LDL alto;
  • Fumar: O tabagismo prejudica as paredes arteriais tornando-as mais suscetíveis ao acúmulo de colesterol LDL. Fumar também pode diminuir o colesterol HDL;
  • Diabetes: Pessoas com diabetes mellitus são mais suscetíveis a possuírem baixos níveis de colesterol HDL “bom” e níveis elevados de colesterol LDL “mau”.
  • Assim como o tabagismo, o açúcar elevado no sangue pode danificar as paredes arteriais.
  • Alimentação:  Uma dieta rica em gordura saturada, gordura trans e açúcar podem elevar o LDL e os níveis de triglicerídeos, aumentando o risco geral de colesterol alto. Já uma dieta pobre em gorduras saturadas está indicada para todas as pessoas. Porém, se você tem dislipidemia, seguir esta dieta é ainda mais importante. Existem apenas alguns fatores de risco para o colesterol elevado que estão fora do nosso alcance como foi explicitado anteriormente. A maioria das possíveis causas para se desenvolver colesterol alto são atitudes que podemos controlar como a alimentação.

Alimentos que podem melhorar os níveis de HDL:

Separamos uma lista com alimentos que melhoram os níveis do bom colesterol no corpo. Uma ótima pedida para quem quer mudar a alimentação.

Peixes ricos em Ômega 3:

Como o corpo não produz o ácido graxo ômega 3, é importante consumir alimentos que contenham esse nutriente essencial ao bom funcionamento do coração e do sistema circulatório. Salmão e atum são exemplos de peixes que contém a substância que não só reduz os níveis de colesterol e triglicérides, como também tem ação anti-inflamatória, reduz a pressão arterial e evita o entupimento das veias.

Soja e derivados:

Se consumida sem excesso, a soja é uma aliada na luta contra o problema, já que aumenta os níveis de HDL, o colesterol bom. Isso também vale para seus derivados, como o leite.

Nozes e castanhas:

Combater os efeitos nocivos da gordura com gordura pode parecer estranho. Mas é isso que fazem as nozes e castanhas. As oleaginosas, como nozes, castanha do Pará e amêndoas, são ricas em gordura poli-insaturada, considerada boa para o organismo.

Frutas vermelhas:

Entre os vários benefícios das frutas vermelhas à saúde, o controle do colesterol é um destaque. Isso porque, elas são ricas em substâncias antioxidantes, que inibem a oxidação do LDL (o vilão). Amora, framboesa, morango, mirtilo, cereja, açaí e ameixa são alguns exemplos que podem ser citados.

Óleos vegetais:

Óleos extraídos de vegetais, como de canola, girassol e milho são aliados nesse combate. A razão está em suas grandes quantidades de fitoesterois, substâncias que têm se mostrado benéficas na redução de colesterol do sangue.

Grãos integrais

Substituir os grãos processados pelos integrais não só ajuda no funcionamento do intestino e no emagrecimento, como também na redução do colesterol. Isso porque alimentos integrais, como trigo e arroz, são ricos em fibras solúveis

Aveia

Assim como os grãos integrais, a aveia possui grande quantidade de fibras solúveis. Afinal, ela possui benefícios que atuam na diminuição da absorção de gordura pelo intestino e na consequente transformação em colesterol.


Você já conferiu a Soja em grão VittaCroc? Ela é rica em proteínas. E pode ser usada em várias receitas, inclusive nas preparações substituindo os feijões.

Experimente também, a Chia. As sementes da Chia é reconhecida como um excelente alimento. São fonte de proteínas, fibras dietéticas, ácidos graxos, vitaminas do complexo B e minerais.

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